agosto 03, 2005

Ah valente...

Numa pesquisa não muito normal pela net, mas que traduz uma vontade algo estranha de postar, encontrei pelas páginas de uma espécie de jornal que atravessa as nossas vidas todos os dias, uma notícia que queria partilhar com vocês (sim, porque se eu quisesse partilhar todas as notícias devido ao seu carácter lúdico, abriria também eu um jornal).
Trata esta notícia de uma mãe que fugiu do hospital com o seu filho. Ao ler tal reportagem mais não consegui encontrar na notícia que uma caricatura algo travessa da incompetência que orienta os nossos tão estimados funcionários públicos actualmente. Proponho-me transcrever alguns relatos da referida notícia:
- "NINGUÉM CONSEGUIU EVITAR QUE ESCAPASSE

HOSPITAL

Ao aperceber-se que Mara se preparava para pegar no bebé e fugir, os serviços do hospital tentaram demovê-la dessa intenção, mas todos os esforços se revelaram inúteis..."

Acho, na verdade, que não bastam apenas 5 ou 6 enfermeiras para parar uma senhora com o seu filho nos braços. É que aquelas sainhas que elas usam são algo incómodas para correr. Sugiro, portanto, que as tirem antes de começarem uma qualquer perseguição ou mesmo para executar tarefas que exigam algo mais do corpo. Se juntarmos os seguranças que POR NORMA se encontram à saída do edifício ainda assim não temos número suficiente de elementos para a dita actividade. Fontes seguras da PICA (Polícia Interjudicial das Caldas) revelaram que a senhora teria roubado uma cadeira de rodas eléctrica (daquelas que andam a uma velocidade altamente vertiginosa) para levar a cabo tamanho plano.

...

"TRIBUNAL

Ontem de manhã o tribunal enviou um faxe ao hospital a determinar que o bebé continuasse retido, apesar de ter sido informado na véspera de que a mãe tinha fugido com ele..."

Gosto do facto, como já devem ter reparado, do Tribunal ter emitido o fax mesmo após ter conhecimento que a criança já não se encontrava no hospital (minhas estimadas secretárias dos magistrados, um conselho de amigo: visitem a salinha do fax com alguma frequência; uma vez por semana já não seria mau numa fase inicial. Pode trazer vícios) Traduz-se este parágrafo num único e singelo apelo à mãe da criança por parte da tribunal: "Oh faxabôr, trate de voltar ao hospital com a criança para que nós possamos proceder a um novo envio do fax e não passemos por incompetentes e por cegos, pode ser?"

...

"POLÍCIA

A PSP foi alertada quando a mãe ainda se encontrava no hospital, mas não chegou a tempo de impedir a fuga. Além disso, não conseguiu descobrir para onde se dirigiram."

Ok, aqui admito que não há propriamente nada de estranho na notícia quis escrever ainda um pouco mais de texto.