setembro 26, 2006

Uma situação...

... que foi, para mim, das mais surpreendentes que já vivi em toda a minha vida e não pude deixar de expressar o meu assombro ao presenciar tal cena.
Sem mais rodeios, deixem-me apresentar o objecto de discussão que se identifica na figura daqueles queridos indios que costumam estar nas feiras a "tocar" flauta e a vender uns albuns aos inocentes que passam.
Estes personagens sempre se alojaram no meu imaginário como seres míticos, merecedores de um certo respeito até, e que julgava só virem à terra por alturas da Feira de Maio de Leiria. Para mim sempre foi tão simples quanto isto até há umas semanitas atrás.
Num passeio nocturno pela marginal da praia da Nazaré eis que me deparo com estes mesmos seres. Contudo, eles não só tocavam flauta como a sua complementaridade instrumental passava também pelo uso da viola. Além disto tínhamos ainda um outro elemento que em frente aos micros e colunas dançava alegremente. Estas adendas aos seus espectáculos já me deixaram, per si, estupefacto mas a verdadeira revelação só agora chega. A acompanhar os instrumentos através dos quais apresentavam as suas covers, o individuo da viola soltava sem dó nem piedade as suas cordas vocais em frente aos microfones. Foi nesse momento que, qual Nostradamus dos tempos mais modernos, antevi o fim do mundo e a começar ali mesmo a uns meros 45 kms de minha casa mas, pior que isso, a uns 2,5m de mim e de quem me acompanhava. :)
Temi seriamente por tudo o que existia à face da terra. Eu que até então julgava que aqueles seres não tinham sido equipados com sistema vocal, deparo-me com uma situação tão intensa quanto misteriosa.
Voltámos depois ao nosso ritmo, ao nosso passeio, mas em mim permanecia a inquietude dali resultante. Acho que não voltarei a ver aquela praia com os mesmos olhos. Sempre que me aproximar sentirei o medo e receio que me assombraram naqueles parcos momentos em que olhei estático para aquela formação. O meu comportamento sofreu sérias alterações desde então.
Nunca mais voltarei a ser o mesmo...

setembro 11, 2006

Ramo 77

O texto de hoje não é orientado por forma a ter qualquer tipo de piada, mas tão só por forma a prestar a minha mais singela homenagem (penso que a Iris também não se importa de entrar) aos estagiários que neste tempo de verão passaram pelo escritório onde trabalhamos diariamente. O primeiro, rapazinho pachorrento por natureza, marcou-nos pelo seu perfil tranquilo, sereno e relaxado. Era o ideal para que numa situação de stress mais extrema fosse suficiente olhar para ele para podermos de imediato acalmar os nossos ímpetos. És um bacano daqueles, miudo!
A segunda estagiária demarcou-se, num oposto apresentável, pelo stress de não ter as coisas feitas. Agradeço que tenhas tido confiança suficiente para me fazeres perguntas mas reparaste com o tempo que de nada valia, certo? Foi ela meus senhores, que criou um novo conceito na construção civil e demais obras e que é nem mais nem menos que a terraclonagem. Se até hoje havia máquinas que tinham como função alisar terrenos e proceder ao seu devido nivelamento, a tecnologia permite que hoje os terrenos mais certinhos e que não precisam deste tipo de alterações possam ser clonados para onde bem se entender...
Obviamente que assim, e como já o demonstrei anteriormente, o meu gosto pela tecnologia só pode ser grande...